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Depois de passar um mês preso no Batalhão de Choque da Polícia Militar, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), o soldado da PM-BA Diego Corrêa, popularmente conhecido como "Soldado Corrêa", foi liberado na madrugada desta quarta-feira (13/11). A saída do militar foi marcada pela presença de diversos colegas de farda que o receberam com apoio e solidariedade.
Lotado na 40ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), que atua no complexo Nordeste de Amaralina, em Salvador, Corrêa foi detido como parte de um processo administrativo disciplinar. A acusação que culminou em sua prisão baseia-se em alegações de "apologia à violência e letalidade policial", sustentadas por declarações que ele fez em entrevistas, entre elas uma menção ao ex-ministro da Justiça e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.
A detenção do soldado se intensificou após uma entrevista ao podcast "Fala Glauber", onde ele proferiu uma declaração polêmica ao comentar o que faria se sua família fosse ameaçada. "Se alguém mexer com minha família, que se "foda" a lei", afirmou, destacando sua disposição em ignorar as normas legais para proteger seus entes queridos. A fala repercutiu nacionalmente, gerando discussões sobre os limites da expressão pessoal e a conduta de servidores públicos.
A liberação do soldado Corrêa reacendeu o debate sobre liberdade de expressão, disciplina militar e as tensões que envolvem a segurança pública na Bahia. Muitos de seus apoiadores defendem que ele agiu em defesa da família e em um contexto de opinião pessoal, enquanto críticos apontam que declarações desse tipo podem comprometer a imagem da corporação e incitar atitudes fora do controle da legalidade.